domingo, 22 de novembro de 2009

Pescaria no RJ

No Rio de Janeiro, muitas opções de felizes pescarias estão a distâncias de um quarteirão ou pouco mais.Falar de pesca no Rio de Janeiro requer, entender um pouco mais de geografia do que se imagina. O estado é, possivelmente, o único do Brasil com todas as mais distintas possibilidades de pesca em distâncias tão curtas.Tendo o centro da capital como ponto de partida, o esportista encontra, em um raio de até 150 km, quaisquer modalidades de pesca ou espécie de peixes que desejar e com fartura. Mar, rios, represas ou canais, praias, costões, ilhas, barcos, traineiras ou pesca de oceano, robalos-flecha, tucunarés, dourados , pirapitingas, trutas, pampos e mais uma incontável variedade para encher os olhos dos fãs do esporte. Onde, como e o quê cariocas ou visitantes quiserem pescar, o Rio de Janeiro tem. O mar fica dentro da própria capital do estado, seja por meio de sua imensa Baía de Guanabara que resiste tanto à poluição como à pesca predatória, ou pelas belas ondas, nas praias em mar aberto, que proporcionam o lazer local mais popular.Isso sem falar nos morros, nas florestas e nas serras que compõem a cidade e seus arredores, a exemplo de Itatiaia, Visconde de Mauá, Friburgo, Petrópolis, Teresópolis e Serra do Mar, entre outras, que abrigam belos rios e represas.De Rio das Ostras e Búzios, Litoral Norte do Estado, a cerca de 150 km da capital, à Angra dos Reis e Paraty, no Litoral Sul, acha-se as pescarias mais variadas para todos os tipos de pescadores. Aí se incluem, desde os fãs de robalões de Barra de São João e Mambucaba, aos que preferem pescar trutas e pirapitingas de fly nas serras de Visconde de Mauá ou da Bocaina (divisa com São Paulo).Os tucunarés presentes nas grandes represas e os dourados de rio de até 11 kg podem ser capturados nas regiões de Itaocara, Miracema, Santo Antônio de Pádua e nos afluentes do Paraíba, no interior. Estão a pouco mais de 150 km da metrópole, portanto, bem mais próximo do que o Pantanal.Nesse universo de possibilidade, entretanto, as práticas mais populares e que revelam a verdadeira vocação do estado no esporte, são as de praia e de pedra ou costão. Sem considerar as embarcadas, que têm crescido muito ultimamente.Faremos então um roteiro com dez pontos de pesca, divididos em locais para a de praia e aqueles para costão, todos praticamente dentro da cidade. Para determinar esses locais, foi também levada em conta a possibilidade dos pescadores irem e voltarem no mesmo dia, tendo como base a capital, sem a necessidade de hospedagem.Assim, quem quiser usar esse roteiro não precisará percorrer mais de 60 km de distância do centro do Rio de Janeiro. É importante porém, salientar dois aspectos básicos, um de cada das modalidades abordadas.A pesca de praia pode ser considerada, dentre todas as modalidades conhecidas, a mais complexa. Porque, além de técnicas, o pescador precisa saber interpretar todas as circunstâncias meteorológicas e naturais possíveis, como mar agitado, ventos, correntezas e marés, entre outras.Isso exige raciocínio lógico e material adequado para arremessos em distâncias variadas, Também é necessário um bom grau de experiência para não se frustrar ao sair da praia com poucas capturas. Para pescar em pedras ou costões, vale lembrar que, além das variações climáticas citadas acima, as pedras oferecem riscos derivados de suas condições que põe à prova a própria destreza dos pescadores. Os inexperientes podem se vitimar até quando as pedras estão secas, com o tempo e o mar bons.Esses recursos geográficos do Rio de Janeiro, desde antigamente, são estratégicos para a segurança militar. Esse aspecto limita, em parte, a presença de pescadores nessas áreas.Há, entretanto, os locais permitidos pelas autoridades, que fornecem autorizações por carteiras com validade e pagamento anuais. Não seria exagero conceituá-los como pontos de pesca excepcionais.O Exército, a Marinha e a Aeronáutica coíbem, em suas áreas de controle (tanto as marítimas como as de rios e canais), todas e quaisquer atividades de barcos de pesca, recreativas ou profissionais. Dessa forma, impedem a ação da pesca predatória e dos famosos marisqueiros, que raspam literalmente todas as pedras do local para se abastecerem de frutos-do-mar.As forças militares compreendem que nossa pesca esportiva em nada afeta o ecossistema local, muito pelo contrário. Têm consciência de que, na medida em que gostamos do esporte, passamos a dar apoio efetivo na preservação ambiental, a fim de garantir a própria continuidade da prática.Os responsáveis militares do Rio de Janeiro sempre incentivaram a pesca de linha. Para isso, cadastram pescadores, dentro de um limite de permissões que varia seguindo a região, e regulam, por meio de taxas anuais, sua entrada e saída.São vários os pontos reservados para áreas militares em função de sua geografia privilegiada: Forte do Leme (ponta esquerda da Praia de Copacabana), Forte Copacabana (ponta direita da Praia de Copacabana), Escola Naval (dentro da Baía de Guanabara), Fortaleza São João (saída da Baía de Guanabara), Fortaleza Santa Cruz (saída da Baía de Guanabara, do lado de Niterói), Fortes Imbuhy e Rio Branco (conjugados, ficam à esquerda da Fortaleza Santa Cruz, já em mar aberto) e a Restinga da Marambaia, local de testes de armamentos com 50 km de praia protegendo a Baía de Sepetiba, além do Boqueirão, espécie de canal controlado pela Marinha, dentro da Baía de Guanabara.Neste roteiro, indicamos alguns bons pesqueiros, independentes de horários, permissões e pagamentos e, com um resumo de cada um, os tipos de pescarias praticados e peixes encontrados, além das características individuais próprias.

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